"O que é que se encontra no início? O jardim ou o jardineiro? É o jardineiro. Havendo um jardineiro, mais cedo ou mais tarde um jardim aparecerá. Mas, havendo um jardim sem jardineiro, mais cedo ou mais tarde ele desaparecerá. O que é um jardineiro? Uma pessoa cujo pensamento está cheio de jardins. O que faz um jardim são os pensamentos do jardineiro. O que faz um povo são os pensamentos daqueles que o compõem." (Rubem Alves)

sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

REGRAS BÁSICAS PARA UM TRANSPORTE MAIS SEGURO

Segurança nunca é demais. Partindo dessa premissa, prossigo explorando o tema, neste post me reportando, mais especificamente, aos dispositivos de retenção, sem abandonar, todavia, o foco na segurança dos "pequenos passageiros".
Assim, na modalidade perguntas e respostas, sirvo-me de conteúdo disponível na página da CET de São Paulo para aprofundar o assunto com os visitantes do blog:
O que são dispositivos de retenção?
São elementos combinados como tiras, fechos, travamento, ajuste e fixação para o transporte de crianças em veículos, de acordo com sua faixa etária, peso e altura. Também são conhecidas como "cadeirinhas".

Por que a criança deve usar estes dispositivos? No colo da mãe ela não estaria mais protegida?
Para a criança, não há nada mais aconchegante que um colo de mãe, mas, neste caso, carregá-la no colo é perigoso. Todo corpo (em movimento ou não) está sujeito às leis da Física. Dentro do automóvel não é diferente.

A inércia faz com que, ao acelerar ou desacelerar o veículo, o corpo se mantenha no mesmo estado de movimento, daí a necessidade do cinto ou dispositivo de retenção. O corpo da criança é frágil, então as consequências de um acidente as atinge com maior intensidade e, consequentemente, com maior gravidade, especialmente na região da cabeça e pescoço.
Além do cinto de segurança, que deve ser usado por crianças a partir dos 10 anos de idade e altura acima de 1,45m, basicamente estes dispositivos podem ser de três tipos: bebê conforto, cadeirinhas e assentos de elevação.
Para (literalmente) FIXAR na memória - CLIQUE NA IMAGEM PARA AMPLIAR:


Excelente 2011 a todos!!!


quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

QUEM AMA, CUIDA (nº 2)...


QUEM AMA, CUIDA...

A foto acima, por certo, é uma daquelas que se prestam a definir e exemplificar  - utilizando-se do elemento visual - algo que nem sempre conseguimos fazer através de meras palavras (naquela linha de que "uma imagem vale mais que mil palavras"). Pois bem, final de ano, feriadão, muita gente na estrada... sempre uma boa ocasião para lembrar sobre a importância de se transportar corretamente as crianças nos veículos automotores. Segue abaixo breve vídeo institucional do DENATRAN sobre o tema, não sendo demais lembrar que, nesse caso, a responsabilidade pela infração (caracterizada pela inobservância da[s] norma[s]) será, sempre, do condutor:

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

PEC 300 - A PASSOS DE TARTARUGA

Há muito tempo ouvimos falar: “os traficantes fazem o papel do estado no Rio de Janeiro” e agora com o trabalho realizado pelas Policias e Forças Armadas, estamos vendo alguns resultados que colocam por terra tal afirmação. O último balanço divulgado em 03/12 pela Policia Civil do Rio de Janeiro revelam que em 12 dias de confrontos, incluindo as invasões da Vila Cruzeiro e do Complexo do Alemão foram apreendidas 518 armas, sendo 200 pistolas, 140 fuzis, 73 revólveres, 35 metralhadoras, 34 espingardas e 18 submetralhadoras, alem de 38 granadas e seis bombas artesanais. O total de drogas apreendidas foi de 34, 194 toneladas, sendo 33,8 toneladas de maconha, 313,9 quilos de cocaína, 54 quilos de crack e 1,9 quilo de haxixe, além de 108 litros de cloreto de etila, usado para fazer lança-perfume. A outra “guerra” enfrentada pelo Poder Público revela que até sexta-feira (03), 555 toneladas de lixo foram coletadas, 210,72 toneladas de massa asfáltica para recuperação da pavimentação foram utilizadas, 891 buracos foram fechados, 977 metros de galerias de águas pluviais foram desobstruídos, 1473 lâmpadas foram substituídas e 676 novos metros de cabos elétricos foram instalados. A população que vivia em um clima de terror agora vive um clima de “paz” dentro de uma operação de “guerra”, aplaudindo e agradecendo a operação desencadeada pelo Estado em conjunto com a União; imaginem a sensação que irão sentir com o inicio da segunda etapa das operações após o termino da primeira. Também os dizeres: “o estado já perdeu o controle no Rio de Janeiro” foi por terra, a receita esta ai, é a união das forças estaduais e federais no combate ao crime, bastando por em prática em todo o território nacional, os resultados mostram que é perfeitamente possível a realização de uma ofensiva contra o crime a nível nacional, desarticulando suas lideranças e estabilizando os locais mais afetados com segurança, saúde e educação. Não é necessário ser um profundo conhecedor para enfrentar o crime e sim necessário ser um estrategista para combatê-lo, sendo o profundo conhecedor necessário para evitá-lo e o que estamos vendo é uma grande estratégia militar para a retomada dos territórios invadidos pelos criminosos. O Poder Público, dando continuidade nos trabalhos e investindo na área de segurança pública, não só com inovações, treinamentos e equipamentos, mas principalmente investir no que de mais valioso uma instituição pode ter que é o ser humano, salários dignos, treinamento e com uma política forte de combate a corrupção não haverá espaço para a marginalidade tomar as proporções vistas em nosso País; A aprovação de um piso salarial (PEC300) para os Policiais e Bombeiros do Brasil é sem sombra de dúvidas o primeiro passo, não adianta querer construir auto-estrada para trafegar com carro de boi!

Fonte: COMUNIDADE POLICIAIS E BOMBEIROS DO BRASIL

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

DETRAN DO DF VAI EXPERIMENTAR NOVO MODELO DE FAIXA DE PEDESTRE

Fonte: CORREIO BRAZILIENSE


Quase 15 anos depois do lançamento da campanha Paz no Trânsito, que transformou Brasília na capital do respeito ao pedestre, a cidade será mais uma vez pioneira no assunto. O Conselho Nacional de Trânsito (Contran) autorizou o Governo do Distrito Federal a construir de forma experimental um novo modelo de faixa. O ponto de travessia tem pintura diferenciada, novo sistema de visualização e de sinalização. Com as alterações, o Departamento de Trânsito do DF espera reduzir o número de atropelamentos. No ano passado, 12 pessoas morreram sobre as faixas — o maior número desde 1997.

Os cinco primeiros pontos a receber a novidade ficam no centro da cidade, no Sudoeste e em Taguatinga. Os técnicos do Detran começam a fazer as alterações a partir desta segunda-feira. Se o trabalho trouxer bons resultados, o governo federal poderá até alterar o Código Brasileiro de Trânsito para tornar obrigatórios os novos itens de segurança. Depois do teste, o novo modelo de faixa também deve ser levado a outros pontos do Distrito Federal.

As travessias experimentais têm pintura diferenciada, que começa 16 metros antes da faixa. A demarcação sobre o asfalto será feita em zigue-zague, ao contrário das pinturas retas de hoje. A essa mesma distância, será instalada uma placa de sinalização que alerta para a proibição de parar e estacionar na área da travessia. Ao lado da faixa, uma outra placa, desta vez amarela, vai indicar aos motoristas que ali começa a área de travessia.

O diretor-geral do Detran-DF, Francisco Araújo Saraiva, explica que o objetivo do projeto é melhorar a visibilidade. “Queremos ajudar o condutor a ver as faixas. Grande parte dos acidentes acontece porque os motoristas não perceberam a presença do pedestre”, justifica o diretor do órgão. “A nova engenharia, com a pintura em ziguezague, vai funcionar como um alerta para a proximidade do ponto de travessia. Assim, o condutor automaticamente vai reduzir a velocidade”, acrescenta.

Para ver melhor: Os técnicos farão uma pintura em forma de zigue-zague e colocarão mais placas de sinalização (Breno Fortes/CB/D.A Press )
Para ver melhor: Os técnicos farão uma pintura em forma de zigue-zague e colocarão mais placas de sinalização
Outra novidade do projeto é a delimitação de uma área às margens das faixas, que será pintada de vermelho sobre o pavimento. O local terá quatro metros de comprimento e a largura será variável, de acordo com a calçada existente. Com isso, o Detran quer evitar casos em que os pedestres estão caminhando próximo à faixa, mas não querem atravessar, confundindo os motoristas. Cada faixa repaginada vai custar cerca de R$ 5 mil. O custo maior é a para a colocação de tachões de led, visíveis a longa distância. Com a futura expansão da tecnologia para todas as 4 mil travessias do DF, esse valor deve baixar muito.

Para o diretor-geral do Detran, essa é mais uma medida para reduzir os riscos de acidentes fatais envolvendo quem anda a pé. “Com a mudança, a ideia é que o pedestre só pise nessa área vermelha se de fato quiser atravessar a rua”, diz Francisco Saraiva. Ainda assim, a orientação é que o pedestre dê sinal, balançando o braço antes de passar e aguardando a parada completa de todos os veículos antes de começar a travessia.

Campanha
A primeira faixa no novo modelo será pintada entre os setores Hoteleiro e Comercial Sul, ao lado do Hotel Bonaparte. No local, é comum ver condutores ignorarem as pessoas que querem cruzar a rua. Com a mudança de engenharia, o Detran também quer retomar a campanha de respeito aos pedestres e às faixas. “Fizemos um levantamento nessa primeira faixa que mostra que, em 72% dos casos, o primeiro ou no máximo o segundo motorista para quando o pedestre faz o sinal. Mas queremos que esse número chegue a 100%, para reduzirmos ao máximo os riscos de atropelamento”, justifica a diretora de Estatística do Detran-DF, Rita Speziale.

Logo depois da faixa vizinha ao Setor Hoteleiro, o Departamento de Trânsito fará mudanças também na travessia em frente ao Hemocentro de Brasília, que fica na via N3, no início da Asa Norte. A 1ª Avenida do Sudoeste também receberá uma faixa experimental, na altura da CLSW 302. Em frente à sede do Detran, na Via Epaa, haverá a construção da quarta travessia. Por último, as equipes de engenharia vão trabalhar na Rodovia DF-001, na altura do Pistão Norte. Nesse último caso, as ações serão feitas em parceria com o Departamento de Estradas de Rodagem, já que se trata de uma pista sob a jurisdição do DER.

Estatística
De janeiro a outubro deste ano, 364 pessoas perderam a vida nas ruas da capital e, dessas, 124 foram atropeladas, o que equivale a quase 35% das vítimas. Agosto de 2010 foi o mês mais violento dos últimos seis anos, com 53 acidentes fatais e 55 mortes no trânsito.

APROVAÇÃO DE QUEM ANDA A PÉ

Os pedestres aprovaram as mudanças e esperam que as intervenções tornem as travessias ainda mais seguras. O bancário Ubiratan Matos, 53 anos, trabalha no Setor Comercial Sul, próximo ao local da primeira faixa experimental. Ele conta que, muitas vezes, os motoristas ignoram as pessoas que querem atravessar a rua. “A maioria respeita, mas alguns aceleram e quase passam por cima da gente”, reclama o bancário. “Acho que qualquer mudança é bem-vinda, caso seja para aumentar a segurança”, acrescenta.

A operadora de telemarketing Bianca Brito dos Santos, 20 anos, tem a mesma opinião. “Eu só passo na faixa quando vejo que todos os carros já pararam. Uma vez, quase fui atropelada porque já estava atravessando a rua e, de repente, veio um motorista a toda velocidade que não conseguiu parar”, relembra Bianca.

O diretor de Educação do Detran, Silvaim Fonseca, diz que uma das medidas mais importantes da nova faixa é a colocação de sinais alertando para a proibição de parar e estacionar. Isso porque muitos motoristas aproveitam a travessia para fazer embarque ou desembarque de passageiros. “Isso confunde os condutores. Às vezes, acontece de o motorista achar que o carro da frente parou só para o desembarque de pessoas e não parar, causando atropelamentos”, explica Fonseca. O governo vai fiscalizar com rigor e multar todos os veículos que estiverem estacionados ou parados, mesmo que momentaneamente, na área das faixas.

Fonseca também se lembra de outra estatística importante, que pode ser reduzida com a implantação das novas faixas. “Cerca de 70% dos atropelamentos sobre as faixas foram causados quando já havia um carro parado”, acrescenta

Relatório A cada 90 dias, o Detran terá que enviar um relatório ao Departamento Nacional de Trânsito, com detalhes sobre a implantação das novas faixas. É com base nessas informações que o governo federal vai decidir se as formas de pintura sobre o asfalto são de fato eficazes para a redução dos atropelamentos fatais para, então, expandir a iniciativa para todo o Brasil.

Para o engenheiro José Eduardo Daros, presidente da Associação Brasileira de Pedestres, qualquer iniciativa para aumentar a segurança das travessias e reduzir os riscos de acidente é positiva. Mas ele lembra que o Código Brasileiro de Trânsito já tem vários instrumentos, que muitas vezes não são aplicados. “Ser pedestre é uma condição do ser humano. Mas há uma ausência muito séria de cidadania”, critica o especialista. “Outra medida importante em Brasília seria a redução da velocidade em vias arteriais. Isso reduz as chances de acidente e, em caso de atropelamento, diminui a gravidade das lesões”, acrescenta Daros. (HM)