"O que é que se encontra no início? O jardim ou o jardineiro? É o jardineiro. Havendo um jardineiro, mais cedo ou mais tarde um jardim aparecerá. Mas, havendo um jardim sem jardineiro, mais cedo ou mais tarde ele desaparecerá. O que é um jardineiro? Uma pessoa cujo pensamento está cheio de jardins. O que faz um jardim são os pensamentos do jardineiro. O que faz um povo são os pensamentos daqueles que o compõem." (Rubem Alves)

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

DA SÉRIE: "COMO NÃO SE DEVE FAZER" (AINDA BEM QUE ERA SIMULAÇÃO!)


Ainda bem que era simulação!!
Post dedicado a todos os companheiros policiais, a fim de que possa gerar uma reflexão crítica; pois, bem sabemos, no teatro de operações vivenciado dia-a-dia pelos profissionais de segurança, a falta de técnica aliada ao relaxamento não raro termina em tragédia. Já se disse: A DISCIPLINA É O PRIMEIRO PASSO PARA O APRENDIZADO!

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

VOLKSWAGEM APRESENTARÁ HÍBRIDO QUE FAZ 110 KM/L NO SALÃO DO QATAR

Formula XL1 Concept é feito com materiais leves como fibra de carbono. VW diz que custos de produção foram reduzidos para possível produção. Reduzir o consumo de combustível dos carros ao máximo é o atual desafio da indústria automobilística mundial. A resposta para esta meta a Volkswagen apresentará nesta quarta-feira (26) no Salão do Automóvel do Qatar: a terceira fase do conceito Formula XL1 Concept. O híbrido promete consumo de 110 km/l, o que lhe garantiria a melhor marca para um modelo alimentado por um motor elétrico e outro a combustão. Em valores de emissão de CO2 isso significa 24 g/km.

Fora o motor e a embreagem dupla, para chegar ao número, a fabricante alemã afirma que foi preciso reduzir ao máximo o peso do carro. Assim, investiu em materiais leves, como fibra de carbono e peças de polímeros, utilizados em carros de Fórmula 1. Além disso, a aerodinâmica permite menor resistência ao ar.
Como se trata de um híbrido plug-in, o protótipo XL1 também pode ser conduzido por até 35 km somente com o motor elétrico ligado. Segundo a Volkswagen, a bateria pode ser recarregada a partir de uma tomada elétrica convencional. Quando o motor a combustão funciona, a energia das frenagens é revertida para as baterias.
Com capacidade para duas pessoas, o modelo possui portas tipo asas de gaivota, para facilitar o acesso ao carro.
De acordo com a Volkswagen, os custos de produção foram reduzidos significativamente, o que torna possível a produção de uma série limitada. Entre as soluções encontradas para isso, foi o desenvolvimento de materiais em conjunto com fornecedores.

Fonte: G1, em São Paulo - Auto Esporte

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

36,5% DA POPULAÇÃO ENFRENTA CONGESTIONAMENTOS


No Brasil, de 2000 a 2010, a frota de veículos cresceu 90,9% a mais que a população

Os congestionamentos no tráfego de veículos atingem a 36,5% da população brasileira, de acordo com dados divulgados ontem pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Desse total, 20,5% da população fica retida no trânsito sobre rodas mais de uma vez por por dia, enquanto que 16% dela enfrenta um engarrafamento por dia. Já os quem nunca ficaram paralisados são 31%.

A pesquisa do Ipea, Sistema de indicadores de percepção social: mobilidade urbana, descarta no Nordeste e no Centro-Oeste quen a população enfrente trânsito pesado. As regiões onde as pessoas ficam mais tempo no congestionamento são o Sul, 21,9%, e o Sudeste, 21,6%.

O transporte público, principalmente o ônibus, é o meio de locomoção mais usado nas cidades, com 44% dos brasileiros deslocando-se dessa forma. O segundo veículo mais usado é o carro, com 23,8%, seguido pela motocicleta, com 12,6%.

O levantamento preparado com 2.770 famílias constatou que 12,3% se locomovem a pé. De acordo com o estudo, 27,5% da população não usa transporte integrado, apesar dele existir; 33,2% utilizam integração entre ônibus e 4,9% alternam ônibus e metrô. A rapidez é o fator que mais influencia o usuário na escolha de seu meio de transporte, segundo 32,7% dos entrevistados; seguido do preço, 14,8%; do conhecimento do usuário do tipo de transporte, 10,5%; da facilidade de utilização, 8,3%; e do horário adequado à necessidade do usuário, 5,7%.

O estudo indica também que 19,8% da população considera o transporte público muito ruim; 19,2%, ruim; 31,3%, regular; 26,1%, bom; e 2,9%, muito bom.

Por quê

ENTENDA A NOTÍCIA

O problema dos congestionamentos nas vias urbanas tem se agravado nos últimos anos com o crescimento da frota de veículos. Aliado a isso as grandes cidades tem negligenciado quanto ao planejamento urbano, o que piora a situação.

Fonte: O POVO online - 25/01/2011.

sábado, 22 de janeiro de 2011

ANÁLISE DA OMS (ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE)

De acordo com o Relatório Global sobre a Situação da Segurança Viária, primeira análise detalhada sobre 178 países que foi publicado em 2009 pela OMS, ferimentos causados por acidentes de trânsito permanecem um problema de saúde pública, principalmente nos países de média e baixa renda.
Segundo a OMS, morrem no mundo cerca de 1,2 milhão de pessoas todos os anos por causa da violência do trânsito, enquanto 20 a 50 milhões ficam feridos.

No referido relatório, a OMS ainda informa que, se continuarem nesse ritmo, as fatalidades passarão do 9º lugar (2004) para o 5º lugar (2030) entre os maiores fatores de mortalidade no mundo, alcançando cerca de 2,4 milhões de mortos ao ano.

Esse quadro será devido, principalmente, ao crescimento dos acidentes em países em desenvolvimento, como a Índia, a China e o Brasil, e nos países pobres. É importante notar que, na faixa etária de 15 a 29 anos, os acidentes no trânsito já é a primeira causa de fatalidades no mundo, à frente da aids, tuberculose e da violência.
CAUSAS DE MORTALIDADE NO MUNDO - 2004 E ESTIMATIVA PARA 2030 – Fonte: OMS
Classificação
Principal Causa
%
1
Isquemia cardíaca
12,2
2
Doença cerebrovascular
9,7
3
Infecções respiratórias baixas
7,0
4
Doença pulmonar
obstrutiva crônica
5,1
5
Doenças Diarréicas
3,6
6
HIV/AIDS
3,5
7
Tuberculose
2,5
8
Câncer de pulmão,
brônquios, traquéia
2,3
9
Ferimentos por acidente de trânsito
2,2
10
Prematuridade e
baixo peso ao nascer
2,0
11
Infecções neonatais e outras
1,9
12
Diabetes Melito
1,9
13
Malária
1,7
14
Doença cardíaca hipertensiva
1,7
15
Asfixia neonatal
e trauma neonatal
1,5
16
Ferimentos auto-infligidos
1,4
17
Câncer de estômago
1,4
18
Cirrose hepática
1,3
19
Nefrite e nefrose
1,3
20
Câncer de cólon e reto
1,1

Classificação
Principal Causa
%
1
Isquemia cardíaca
12,2
2
Doença cerebrovascular
9,7
3
Doença pulmonar
obstrutiva crônica
7,0
4
Infecções respiratórias baixas
5,1
5
Ferimentos por acidente de trânsito
3,6
6
Câncer de pulmão,
brônquios, traquéia
3,5
7
Diabetes Melito
2,5
8
Doença cardíaca hipertensiva
2,3
9
Câncer de estômago
2,2
10
HIV/AIDS
2,0
11
Nefrite e nefrose
1,9
12
Ferimentos auto-infligidos
1,9
13
Câncer de fígado
1,7
14
Câncer de cólon e reto
1,7
15
Câncer de esôfago
1,5
16
Violência
1,4
17
Alzheimer e outras demências
1,4
18
Cirrose hepática
1,3
19
Câncer de mama
1,3
20
Tuberculose
1,1

Decisão da ONU (Organização das Nações Unidas)

Diante desse quadro, a ONU estabeleceu, durante sua Assembléia Geral em 2 de março de 2010, que 2011 a 2020 será a Década de Ações para a Segurança Viária, com a meta de estabilizar e reduzir acidentes de trânsito em todo o mundo.
Na resolução adotada, os 192 países membros da ONU solicitam à OMS (Organização Mundial da Saúde), em cooperação com outros parceiros, a elaboração de um plano diretor para guiar as ações nessa área durante os próximos dez anos. E, ainda, que cada um desses países estabeleça suas metas nacionais para a redução de acidentes até o final do período correspondente à Década.

Recomendações da ONU aos países, para a Década de Ações para a Segurança Viária
  1. Encorajar a implementação das recomendações do Relatório Mundial da OMS sobre Prevenção a Ferimentos no Trânsito.
  2. Reforçar a liderança governamental em assuntos de segurança viária, e, ao mesmo tempo, reforçar o trabalho de agências e mecanismos de coordenação de maneira nacional e regional.
  3. Estabelecer metas de redução de acidentes ambiciosas e factíveis, relacionadas a um plano de investimentos para a causa, e mobilizar recursos para a implementação das iniciativas necessárias para o alcance das metas.
  4. Desenvolver e implementar políticas e soluções de infraestrutura visando a proteger todos os usuários das vias, especialmente os mais vulneráveis.
  5. Dar início ao desenvolvimento de meios de transporte mais seguros e sustentáveis, e também encorajar o uso de formas alternativas de transporte.
  6. Praticar a harmonia entre as boas práticas de segurança viária e veicular.
  7. Reforçar a aplicação e a conscientização da legislação de trânsito existente, e, sempre que necessário, aprimorá-la, além de melhorar os sistemas de registro de motorista e veículo por meio dos padrões internacionais.
  8. Encorajar as organizações ao uso das melhores práticas do gerenciamento de frota.
  9. Encorajar ações de cooperação entre entidades da administração pública, organizações ligadas à ONU, setores públicos e privados, assim como a sociedade civil.
  10. Aprimorar a coleta de dados e a possibilidade de compará-los com informações de outros países, adotando a definição padronizada de que uma morte no trânsito pode se referir a uma pessoa morta imediatamente durante o acidente ou mesmo 30 dias depois, em consequência do acidente; também é preciso facilitar a cooperação internacional para desenvolver sistemas de dados harmônicos e confiáveis.
  11. Fortalecer os serviços hospitalares para atender ocorrências de trauma e necessidades de reabilitação, além da reintegração social, assim como o acesso aos serviços de saúde

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

NOTA DE ESCLARECIMENTOS


Segue abaixo reprodução de nota, da minha lavra, divulgada hoje (20/01/2011) no site Revista Central:

Cumprimentando a todos os cidadãos quixadaenses e, em particular, ao meu amigo Jackson Perigoso, idealizador deste espaço democrático, o qual sempre se mostra aberto ao bom debate, recorro ao informativo Revista Central (pelo qual tenho grande apreço e onde já tive oportunidade de expor algumas ideias) para fazer alguns esclarecimentos.

A propósito de algumas matérias veiculadas no presente site e os comentários que eventualmente as notícias geraram ou possam vir a suscitar, mormente aquelas matérias que fazem alusão ao trânsito urbano de Quixadá-CE, faço as seguintes ponderações:

1. Compreendo perfeitamente a ânsia das pessoas que residem nesta bela cidade, pois é direito do munícipe um trânsito organizado e seguro – o que, segundo tenho conhecimento, nunca foi uma realidade, desde que a gestão viária por parte do município foi implantada. Assim, colocações como a que foi feita pela Sra. Ana Paula (in comentários ao post: Girando: Prefeitura autoriza que trânsito de Quixadá fique ainda mais complicado ) são, em grande parte, dotadas de razoabilidade. Outrossim, pelo fato de ter meu nome cogitado para assumir a direção do DMT, até já me sinto um pouco responsável em tentar responder;

2. Necessário, todavia, que seja esclarecido o seguinte ponto: não existe, ainda, a “nova gestão nomeada” (consoante as palavras da Sra. Ana Paula). Recebi, sim, um convite feito pelo Sr. Prefeito Municipal, Dr. Rômulo Carneiro – o que muito me honra, porém não me envaidece, pois tenho um sincero sentimento de carinho para com o município de Quixadá, vizinho mais próximo e ilustre de minha terra natal, Quixeramobim - e, nesse sentido, firmamos um compromisso na perspectiva de que, somando esforços com a equipe já existente no DMT local, possa eu contribuir com a minimização do grande problema representado pela situação do trânsito quixadaense. Ocorre que sou servidor militar estadual e, desse modo, a minha atuação junto a uma administração municipal – com vínculo formal (secretário ou outro cargo semelhante) prende-se a algumas formalidades legais.
Ressalto, por oportuno, que esse diagnóstico (trânsito de Quixadá: grande problema) não é exclusivamente meu, pois é reforçado diariamente por inúmeras opiniões expostas pelos próprios cidadãos quixadaenses.
Em tempo: não conhecia, até ser convidado para o desafio em questão, o Sr. Prefeito Municipal. Não sou filiado a nenhum partido político e nem pertenço ao círculo social de nenhum político quixadaense. Tenho alguns poucos bons amigos em Quixadá e eles sabem que, em minha opinião, bom amigo é aquele que não interfere na correta atuação profissional do outro;

3. Ouso opinar que o trânsito não pode ser pensado apenas sob o aspecto fiscalização (campo de atuação dos AGENTES de fiscalização). Estudos demonstram que, em matéria de trânsito, a mais eficiente das fiscalizações consegue flagrar e autuar, no máximo, 5% das infrações cometidas. Minha pequena experiência profissional evidencia, também, que, não obstante existam cobranças e expectativas por mais fiscalização, quase que de forma generalizada (até mesmo onde ela já existe com regularidade, e não apenas em Quixadá), boa parte das pessoas costuma ser contraditória no que se refere à relação discurso-prática: tenho visto muitas pessoas que exigem fiscalização mais rigorosa, encabeçar a lista dos que questionam essa mesma fiscalização quando ela, de fato, ocorre! Ou seja: fiscalização intensa e rigorosa é algo positivo e imprescindível PARA OS OUTROS. Frases do tipo: “Sou cidadão(ã)!”, “Tenho meus direitos.”, “Porque vocês não vão fiscalizar isso ou aquilo, em vez de fiscalizar a mim, um(a) trabalhador(a)!?”, já escutei muitas vezes -  e, por certo, os agentes de fiscalização mais ainda!;

4. É fato que Quixadá, com sua entidade executiva de trânsito (o DMT) devidamente inserida no Sistema Nacional de Trânsito, ainda carece de um projeto continuado voltado para a boa gestão do trânsito. Assim, para que um empreendimento dessa natureza possa ser desenvolvido no município a deliberação tem que ser para valer. Referido projeto precisa ser contínuo, pois, para a população, o recado do Poder Público não pode gerar ambiguidade. Dr. Rômulo, o atual prefeito, no presente momento da gestão, afirma possuir essa disposição e é justo que se lhe dê crédito. Do mesmo modo, pelas mesmas razões de equidade, dessa feita para com a população, não é admissível que, em relação a uma única atividade pública (gestão do trânsito), ora se adote uma postura de rigorosidade demasiada, ora se opte por outra de flexibilidade extrema. Entendo que todos devem ser responsáveis pelo trânsito seguro, todos devem contribuir para a boa gestão do trânsito. Quem observa a norma, cumpre a lei, indubitavelmente faz sua parte. É o ideal, o que se espera. Quem, ao contrário, não atende a legislação e faz pouco caso de regras que foram idealizadas para facilitar a convivência no espaço público, precisa ser compelido a colaborar, se não mediante um processo de aculturação (assimilação da importância de se observar e cumprir a norma: CTB), implicando mudança de postura; que seja por força da penalidade – no mais das vezes, multa - sanção que deve ser aplicada a quem viola a norma. Que se utilize o dinheiro do infrator em benefício da coletividade, investindo-o na boa gestão do trânsito;

5. Diagnosticar problemas e propor soluções. Este é, no momento, meu compromisso com o município de Quixadá. Concluída essa etapa e superados alguns entraves administrativo-legais, planos e projetos idealizados deverão ser, gradativamente, colocados em prática. Essencial que esses projetos atentem para o valor da educação e das soluções de engenharia no contexto da gestão municipal do trânsito, sem menosprezo, todavia, do quão importante é uma equipe de fiscalização atuante e, acima de tudo, legalista. No tocante à postura individual no trânsito, sugiro que, desde logo, você que ora lê esta nota procure fazer sua parte e tenha consciência de que o direito de uma coletividade se constrói com a correta (e na justa medida) participação de cada um. Exerça, desde já, a sua cidadania. Não espere que o Poder Público lhe “obrigue” a colocar a placa de sua motocicleta; não fique esperando ser autuado e multado para, só então, esbravejar contra a fiscalização e pensar em obedecer o Código de Trânsito, utilizando capacete, cinto de segurança, respeitando a sinalização semafórica e tantas outras regras do conhecimento de todos.

Abraço a todos e consciência, também, no trânsito!

Luís Carlos Paulino

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

ESTATÍSTICAS



No trânsito, a demora em compilar dados e a forma como são notificados, até mesmo pelos órgãos e entidades do SNT, comprometem o resultado final das estatísticas. Por exemplo, o número oficial de mortos no Brasil, vítimas de acidentes de trânsito, não passa dos 35.000 por ano. Sabe-se, porém que são contados apenas aqueles que morrem no local do acidente, pois não há um acompanhamento. Mesmo que a vítima morra na ambulância a caminho do hospital, ela não será contabilizada. Acredita-se que esse número passe dos 50.000 mortos por ano.
Abaixo link para uma coletânea de Estatísticas de Trânsito do Brasil, com informações de órgãos oficiais como DENATRAN, IPEA, OEI entre outros:

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

TRÂNSITO NO BRASIL (PINÇADO DO BLOG DA MINHA AMIGA IRENE RIOS)


http://educacaoparaotransitocomqualidade.blogspot.com/

Desafios a efetivação do direito de ir e vir e permanecer vivo.

Luís Carlos Paulino proporciona, nesta obra, uma viagem a diversos aspectos do trânsito brasileiro. Ao fazer a leitura tive a oportunidade de transitar pelo passado e pelo presente dos meios de transportes, das rodovias, da legislação e da educação para o trânsito. Com uma linguagem ricamente fundamentada por especialistas, o autor nos convida a todo momento a fazer reflexões sobre as causas, as consequências e as soluções para a violência viária. O livro vem acompanhado do Código de Trânsito Brasileiro. Vale a pena conferir!


Desde já, meus agradecimentos à ilustre escritora Irene Rios, autora de excelentes trabalhos (livros, manuais e agendas temáticas), sempre enfocando o tema trânsito.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

2010: MULTAS SUPERAM R$ 155 MIL POR DIA NO CEARÁ


Considerando todos os órgãos fiscalizadores, foram mais de R$ 56 milhões arrecadados no ano passado
Os motoristas cearenses pagaram um valor superior a R$ 155 mil diariamente em multas de trânsito aos principais órgãos fiscalizadores do Estado, no ano passado. O montante arrecadado pelo Departamento Estadual de Trânsito (Detran-CE), Polícia Rodoviária Federal (PRF) e Autarquia Municipal de Trânsito, Serviços Públicos e de Cidadania (AMC) ultrapassou a cifra de R$ 56,6 milhões, número 1,3% inferior ao de 2009, quando o lucro com as infrações superaram os 57,4 milhões.

Uma média aproximada de R$ 50 mil é paga diariamente ao Detran-CE por condutores de veículos que cometem infração no Ceará. De acordo com a assessoria de imprensa do órgão, anualmente, os recursos advindos dessa fonte respondem por 18% do seu orçamento, que foi, em 2010, de R$ 100 milhões. Ou seja, as multas geraram uma receita de R$ 18 milhões no ano passado, valor que é bem superior se comparado ao arrecadado pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), mas inferior ao montante acumulado pela Autarquia Municipal de Trânsito, Serviços Públicos e de Cidadania (AMC), de Fortaleza.

Conforme a assessoria do Departamento, não existe um aumento significativo no montante anual contabilizado pelo órgão com infrações. O número delas, lavradas no período de janeiro a dezembro de 2010, foi de 48.243, quantidade bem inferior à registrada em 2009, quando foram lavradas 71.564, mas no mesmo patamar daquela de 2008, que foi de 47.392. Por mês, houve uma média de 4.020 registros, o que não quer dizer, na prática, que todas as autuações finalizaram em pagamento de multas. Muitas vezes, os condutores entram com recursos judiciais ou, simplesmente, tornam-se inadimplentes.

Fiscalizações

No ano passado, o Detran-CE realizou 6.050 blitze, abordando 472.696 automóveis. Destes, foram identificados 38.854 veículos irregulares. O maior número de infrações referia-se ao não uso de capacete, somando 7.847 autuações. Também numerosos foram os casos de veículos não licenciados (5.955) e ocorrências da Lei Seca (4.950). Em relação a esta última, há grande disparidade nos números dos dois anos anteriores. Em 2008, foram 1.396, passando para 11.244 em 2009. Segundo a assessoria de imprensa do Detran, os recursos arrecadados são investidos em fiscalização, engenharia e educação de trânsito.

Polícia Rodoviária Federal
A Polícia Rodoviária Federal (PRF), que realiza a fiscalização das rodovias federais do Estado, registrou um número ainda mais elevado de autuações em 2010. Foram 68.095 notificações, 19.852 a mais que o Detran no mesmo período. De acordo com técnicos do órgão, se todas estas infrações registradas fossem pagas, a receita arrecadada seria de R$ 13,53 milhões, o que daria uma média diária de R$ 37 mil. A PRF reforça, entretanto, que, além das multas que não são pagas porque o condutor recorreu e o pedido foi deferido, também há perda da receita por erro de endereço ou de notificação.

De acordo com o órgão, a média por infração é de R$ 198,74, mas que estas variam de R$ 53,20 com ocorrências leves, a R$ 574, com gravíssimas, com a multa multiplicada por cinco. A maior parte das notificações aplicadas no ano passado foram de infrações graves, com 26.744 registros. Neste caso, a multa é de R$ 127,69, o que daria um montante de R$ 3,41 milhões, caso todas fossem pagas. A mais recorrente foi a não utilização de cinto de segurança pelo condutor, com 11.936 registros, seguida por transitar em velocidade superior à máxima permitida em até 20%, com 7.626 casos. A violação por ultrapassar pela contramão linha de divisão de fluxos opostos, contínua amarela, gerou 5.652 autuações.

Segundo a PRF, 95% dos recursos das multas é investido em fiscalização, policiamento e infraestrutura de trânsito, e 5% é revertido para o Fundo Nacional de Segurança e Educação de Trânsito (Funset).

Receita
18% do orçamento anual do Departamento Estadual de Trânsito, o Detran, são advindos dos recursos provenientes das autuações, como veículos não-licenciados e o não uso de capacete

SÉRGIO DE SOUZAREPÓRTER


Fonte: DIÁRIO DO NORDESTE - 17/01/2011.

sábado, 15 de janeiro de 2011

DE QUEM É A RUA?

ALVO?

Passa carro, passa carro, passa carro, passa carro, passa carro, passa carro, passa carro, passa carro. Abre pro pedestre, corre, 2, 1, 0. Passa carro, passa carro…
Saiu hoje na Folha que o pedestre tem em média 15 segundos para atravessar uma avenida. Está muito claro que as ruas são dos carros. Pedestres podem usá-las comedidamente, mas apenas se prometerem não atrapalhar.
15 segundos para atravessar significa que, ainda que você esteja muito atento e coloque o pé na rua no mesmo segundo em que o sinal abrir, terá que andar a 1,2 m/s para chegar do outro lado antes que o sinal abra – 50% mais rápido que a dita “velocidade de caminhada” (que é 0,8 m/s). Ou seja, há que correr. O pessoal da Companhia de Engenharia de Tráfego diz que é “mais que suficiente”. Verdade. Dá tempo. Desde que o sujeito esteja atento. Desde que ele se mova rápido. Desde que o motorista respeite o sinal. O que nem sempre acontece.
Em 2009, o trânsito de São Paulo matou 1.382 pessoas. Só 222 eram motoristas. 671 eram pedestres. A maioria deles morreu em cima da faixa de pedestres. 30% das vítimas eram idosos, cuja velocidade é menor. Morre mais gente no trânsito do que por homicídio na cidade. Homicídios tendem a se concentrar na população de jovens adultos homens. Já as mortes no trânsito costumam privilegiar os mais fracos: idosos e crianças entre eles.
A gente está cansado de ouvir essas estatísticas. Cansado de ouvir comparações estapafúrdias. Que o trânsito de São Paulo mata mais em 4 meses do que toda a Guerra do Golfo matou nas forças ocidentais. Que mata mais do que o conflito da Palestina. Mata mais do que malária e dengue somados matam no Brasil inteiro.
Levando-se tudo isso em conta, não é curioso que a gente continue achando que o problema do trânsito é apenas sua lentidão? Os jornais diários e as revistas (incluindo a Vejinha) sempre fazem matérias sobre os buracos no asfalto, mas raramente comentam os buracos nas calçadas. Os projetos da prefeitura visam a aumentar o fluxo de carros. Só.
A prefeitura de São Paulo acabou de anunciar que, a partir de 2012, vai acabar com as vagas de estacionamento no meio fio. Motoristas vão ter que parar em estacionamentos fechados. Para quê? Para aumentar o fluxo de carros.
Ok, é óbvio que os carros precisam andar. Mas será que o foco não deveria ser diminuir a quantidade de carros? E se o prefeitura pegasse um quinto do espaço liberado no meio fio e criasse ciclovias? Isso faria as ruas infinitamente mais seguras para ciclistas. Certamente haveria uma explosão das bicicletas na cidade e o número de carros diminuiria (hoje, com o caos atual, já há mais gente se deslocando de bicicleta do que de táxi).
Tenho ouvido sugestões ainda mais criativas. Por exemplo: e se a prefeitura desse descontos no preço do aluguel de quem morar perto do trabalho? Assistencialismo!, já ouço berrarem. Na verdade não: é um jeito de economizar dinheiro público. Investir em diminuir os deslocamentos na cidade sai mais barato do que construir metrô.
E, ainda que não saísse… Por que é que o trânsito, que mata mais brasileiros do que a aids, a diarreia ou o câncer de pulmão, não vira prioridade para a saúde pública? Como é que o carro, que mata mais que o revólver, não tem seu uso controlado?

Foto: yuri__lima (Flickr / CC)

Por Denis Russo Burgierman

Fonte: PORTAL DA REVISTA VEJA

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

COMO AGIR DIANTE DE ACIDENTES DE TRÂNSITO

Trânsito engarrafado, gente apressada e o resultado é que acidentes acabam acontecendo. Saber como agir se presenciar um acidente ou se estiver envolvido em um é muito importante e pode ser a diferença entre a vida e a morte.

A primeira coisa a fazer ao presenciar ou se envolver em um acidente é não entrar em pânico. Mantenha a calma e entre em contato com os órgãos competentes. E, logo, sinalize o local do acidente. Deixar o pisca alerta ligado, se possível, também é importante.

Se tiver vítimas envolvidas, os cuidados devem ser ainda maiores. O POVO separou algumas dicas do que fazer em cada caso de acidente.

O QUE FAZER

A primeira coisa ao presenciar ou se envolver em um acidente é ligar para as autoridades competentes. Entre em contato com o 190 (Polícia Militar) e 193 (Corpo de Bombeiros). A ligação é gratuita e pode ser feita a partir de qualquer telefone; Informe o local do acidente, os veículos envolvidos, quantidade e gravidade das vítimas;

Cuide da sua segurança e do local. Se você não estiver envolvido no acidente, estacione cerca de meio quarteirão do local. Sinalize o local com triângulo, galho de árvores, pisca alerta e outros meios. O farol do veículo pode ser usado para iluminar o local do acidente, assim como lanternas. Mas nunca utilize fósforos e isqueiros, pois pode haver risco de vazamento de combustível;

No caso de ter vítimas, é importante saber que as vítimas não devem ser removidas do local, exceto se a vítima: estiver no meio da pista, sujeita a novos acidentes; ou estiver total ou parcialmente submersa, sujeito a afogamento; ou estiver exposta a gases venenosos, fogo ou explosão iminente.

Procure ajudar a manter o conforto para a pessoa acidentada. Fale com tranquilidade e não deixe que se forme tumulto no entorno dela. Se estiver de dia procure sombra para a pessoa e nunca dê nenhum tipo de líquido para ela ingerir;

Se a vítima tivere ferimentos leves cobrir com gaze ou pano limpo; em caso de sangramento intenso aplicar a gaze ou o pano limpo, pressionar e amarrar uma atadura

Se houver princípio de incêndio, utilize o extintor para apagar o fogo. 


Fonte: JORNAL O POVO, edição de 11/01/2011.

domingo, 9 de janeiro de 2011

EXCESSO OU FALTA (PINÇADO DO BLOG DO MEU AMIGO JULYVER)

Sinceramente, não sei como classificar esta cena: EXCESSO de lotação, de confiança, de imprudência, de parentes, de insegurança ou de insanidade? Ou seria FALTA de capacetes, de zelo, de prudência, de amor ou de fiscalização? Infelizmente, em muitos países orientais, o transporte irregular de passageiros e cargas em motocicletas é cotidiano. Se o fato fosse no Brasil, a aplicação de multas por "lotação excedente", "falta de capacete" e "transporte de criança menor de sete anos" ainda seria muito pouco para o inconsequente (além das infrações administrativas, também comete o crime de "periclitação de vida", do artigo 132 do Código Penal).

Fonte: http://www.transitoumaimagem100palavras.blogspot.com/

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

DA SÉRIE "EU EM OUTRAS PARAGENS"

Remeto os visitantes do blog a uma reportagem do site REVISTA CENTRAL, onde o prefeito de Quixadá-Ce, Dr. Rômulo Carneiro anuncia nova composição do secretariado daquele município, constando meu nome como diretor do Departamento Municipal de Trânsito. Referida reportagem tem dado origem a alguns comentários, consoante se pode observar por meio do link:

http://www.revistacentral.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=1031:prefeito-de-quixada-anuncia-novos-secretarios&catid=119:quixada&Itemid=472

Aproveito para esclarecer que, de fato, recebi o convite e assumi um compromisso com o ilustre gestor municipal de Quixadá, Dr. Rômulo. A concretização disso, todavia, ainda depende de alguns ajustes administrativos/legais, o que, em se resolvendo, irei envidar todos os meus esforços para contribuir com a implementação de melhorias no trânsito da sobredita cidade, esperando contar com o apoio e a compreensão de todos os quixadaenses.