"O que é que se encontra no início? O jardim ou o jardineiro? É o jardineiro. Havendo um jardineiro, mais cedo ou mais tarde um jardim aparecerá. Mas, havendo um jardim sem jardineiro, mais cedo ou mais tarde ele desaparecerá. O que é um jardineiro? Uma pessoa cujo pensamento está cheio de jardins. O que faz um jardim são os pensamentos do jardineiro. O que faz um povo são os pensamentos daqueles que o compõem." (Rubem Alves)

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

CAMINHONEIRO QUE SE CHOCOU COM BÚFALO NA ESTRADA SERÁ INDENIZADO

Um criador de búfalos do interior gaúcho terá que pagar indenização de R$ 112 mil a um caminhoneiro catarinense que se chocou em uma rodovia com um búfalo que havia sido atropelado anteriormente por um ônibus. A decisão é da 6ª câmara de Direito Civil do TJ/SC, que manteve sentença da 2ª vara Cível de Araranguá/SC.
O animal fugiu do cercado montado por seu proprietário e foi para a rodovia, momento em que foi atropelado por um ônibus. Minutos depois, o caminhão do autor chocou-se contra o búfalo estendido no asfalto, ocasionando danos materiais no veículo.
O dono do animal argumentou que o episódio é consequência de força maior, já que, embora tivesse cercado o local onde criava os búfalos, um deles escapou e invadiu a rodovia, o que causou o acidente que resultou nos danos materiais.
Em sua decisão, o desembargador Ronei Danielli afirmou que as cercas "não foram suficientes para evitar que o animal saísse do local a ele destinado e invadisse a rodovia, ocasionando o acidente, havendo manifesta culpa in vigilando, e exsurgindo o dever de reparação".
Segundo o desembargador, a questão não reclama maiores digressões, na medida em que o art. 936 do Código Civil estabelece que "o dono, ou detentor, do animal ressarcirá o dano por este causado, se não provar culpa da vítima ou força maior".
O magistrado ainda destacou que o criador nem sequer trouxe aos autos prova de que os gastos apontados como necessários para a recuperação do caminhão não estavam relacionados ao acidente.
Clique aqui para ter acesso ao processo.

    segunda-feira, 21 de outubro de 2013

    CELULAR E TRÂNSITO: UMA MISTURA PERIGOSÍSSIMA!

    Desde outubro de 2010, o Brasil tem mais celulares do que pessoas. Hoje em dia, para cada 100 habitantes no país, há aproximadamente 135 celulares, e esses números se refletem em várias áreas, mas mais especificamente no trânsito.

    Pensando nesse e em outros problemas, a ONU proclamou em 2011 a Década de Ação pela Segurança no Trânsito e lançou um desafio para os países: reduzir em até 50% o número de mortes no trânsito em um prazo de 10 anos.

    O Governo Brasileiro respondeu esse desafio com o lançamento do PARADA – Pacto Nacional pela Redução de Acidentes. O pacto é uma série de ações para educação, capacitação, conscientização, sensibilização e promoção de mudanças de atitude no trânsito. A campanha de Celular é um desdobramento do PARADA, e tem como objetivo diminuir o perigoso hábito de utilizar o celular no trânsito.

    A campanha “Parada Celular 2013” se utiliza de algumas situações de risco para retratar o quão absurdo é o hábito de usar o celular no trânsito: um açougueiro cortando carne enquanto fala ao celular; um marceneiro utilizando uma motoserra também falando ao celular; e uma médica operando um paciente atendendo ao telefone. Todas essas situações remetem ao risco de se realizar algo potencialmente perigoso prestando atenção em outra coisa. Na sequência vemos que a distração causada pelo celular no trânsito pode causar acidentes perigosíssimos, que podem ter como resultado o óbito de quem usa o celular ou de outras pessoas no trânsito.

    Vale a pena assistir e refletir acerca dessas questões, a partir do vídeo abaixo:

    sexta-feira, 18 de outubro de 2013

    USO DE "REBITE" ELEVA A INSEGURANÇA NAS RODOVIAS BRASILEIRAS

    Consumo de anfetaminas para espantar o sono dos motoristas é associado a inúmeros desastres

    Fazer mais de 1,5 mil quilômetros em menos de um dia foi o tema que tornou o filme Corrida contra o Destino, da década de 1970, um cult entre os cinéfilos. A estratégia para tentar superar o desafio, adotada pelo personagem Kowalski, motorista de um Dodge Challenger, é se entupir de anfetaminas. Apesar de ser uma obra de ficção, situações parecidas são verificadas nas estradas brasileiras constantemente. No cenário nacional, essa prática é frequentemente vinculada aos caminhoneiros, e as anfetaminas são mais conhecidas pelo seu popular apelido: rebite.

    São inúmeras as dificuldades para combater o uso dessa droga, entre as quais estão a limitação do número de policiais rodoviários e a dificuldade para confirmar o consumo (não há um equipamento similar ao bafômetro para detectar o uso de anfetaminas). As apreensões normalmente são feitas ao flagrar o motorista transgressor com as cápsulas nas cartelas.

    De acordo com a assessoria de imprensa da Polícia Rodoviária Federal (PRF), o portador dos rebites responderá à Justiça conforme for o “enquadramento” dado pelo delegado, que pode ser análogo ao tráfico de drogas e entorpecentes ou contrabando. Dentro dos levantamentos realizados pela PRF, não há uma estatística sobre as apreensões de rebites apenas, mas consta o item anfetaminas e barbitúricos (sedativos) - as informações apontam um total de 118.107 unidades apreendidas no ano passado contra 274.250 em 2011.

    Um dos estados que decidiu enfrentar esse problema foi Santa Catarina. O inspetor e chefe do Núcleo de Comunicação Social da Polícia Rodoviária Federal catarinense, Luiz Graziano, afirma que a região registra um elevado número de acidentes, muitos deles envolvendo veículos de cargas. “Vários incidentes são causados, ainda que muitas vezes não se possa comprovar, porque os motoristas acabam dirigindo por várias horas sob o efeito de cocaína e de anfetamina”, lamenta Graziano.

    Nesse contexto, a PRF catarinense decidiu intensificar a fiscalização. “Estamos fazendo isso, dentro das nossas limitações”, diz Graziano. Segundo o inspetor, não se consegue “pegar mais” por falta de efetivo. Mas o policial atesta que o uso de rebite é bastante comum por parte dos condutores de veículos de carga. Uma prova disso foi dada na manhã da última quarta-feira de setembro, quando a PRF de Itapema flagrou dois caminhoneiros com posse de rebites e apreendeu 69 comprimidos.

    A primeira abordagem ocorreu às 11h20min e foram confiscados 51 comprimidos de um motorista de 37 anos que conduzia um VW/24.250 CLC, de Santa Catarina. Aproximadamente 20 minutos depois, foi fiscalizado um Ford/Cargo 2428, do Paraná, e retidos mais 18 comprimidos com um caminhoneiro de 32 anos.

    Graziano informa que o número de apreensões envolvendo anfetaminas, barbitúricos e ecstasy em Santa Catarina, até outubro, superou 3 mil, o que abrange cerca de 600 motoristas. Ele explica que o senso comum indica que o caminhoneiro autônomo abusa mais da droga, pois tem que fazer mais viagens para pagar a prestação do caminhão, o que não ocorre com o empregado de transportadoras. Contudo, Graziano diz que, na prática, isso não ocorre. Isso porque o empregado ganha pela sua produção, sujeitando-se a trabalhar mais para melhorar a remuneração. “Todo mundo fala que o autônomo é o que mais usa, mas temos flagrado muitos motoristas de empresas, empresas grandes, fazendo uso dos rebites.”

    O ideal para o policial seria que pessoas expostas publicamente, como é o caso dos caminhoneiros responsáveis por um veículo de várias toneladas, tivessem que realizar testes para verificar se ingeriram drogas para dirigir. Graziano acrescenta que alguns motoristas de ônibus também consomem rebites e estão transportando dezenas de vidas. “A responsabilidade começa lá na família, passa pela empresa e a polícia tenta fazer a sua parte, mas a gente não consegue flagrar todo mundo”, enfatiza.

    A recente norma que disciplina a carga horária dos motoristas profissionais (Lei nº 12.619/12), impondo limites ao tempo de direção, é uma das ferramentas que podem contribuir para desacelerar o consumo de rebites nas rodovias brasileiras. A lógica é simples: se o caminhoneiro for obrigado a parar e descansar, não há razão para utilizar uma substância capaz de deixá-lo por mais tempo em vigília.

    No entanto, a norma precisa ser cumprida para que seus efeitos sejam percebidos. O presidente do Sindicato dos Empregados no Transporte Rodoviário de Carga Seca do Estado do Rio Grande do Sul (Sinecarga), Paulo Barck, admite que o uso do rebite ainda é uma prática muito adotada entre os motoristas. “Mesmo com o advento da lei 12.619, poucas empresas estão adotando um controle de jornada mais rígido”, alerta o dirigente. E, conforme Barck, na questão dos autônomos, “não dá nem para falar, estão direto, sem cumprir o limite de direção”. O presidente pondera que isso ocorre devido ao autônomo ser o seu próprio patrão.

    Barck afirma que certamente a maioria dos acidentes que envolvem veículos de carga é causada pelo excesso de jornada e pelo cansaço dos motoristas. “As pessoas não se conscientizaram de que não é só o ganhar mais”, lamenta o presidente do Sinecarga. Ele destaca que muitos empregados estão reclamando da nova lei, pois não querem permanecer em determinados locais descansando.
    Para o sindicalista, o emprego de anfetaminas é causado pela pressão de horários e por lucros maiores. Ele revela que os motoristas adquirem os rebites, muitas vezes, em tendas de frutas e postos de combustíveis localizados à beira das rodovias. Normalmente, o usuário mistura a droga com álcool, Coca-Cola, energético ou café para potencializar os feitos. Barck acredita que o nome rebite deriva do verbo arrebitar, tornar-se ativo.

    “O problema do rebite é o seguinte: você aguenta dois dias e duas noites, depois você apaga, vai dormir 12 horas ou mais, imagina isso acontecendo no meio de uma rodovia”, alerta. O dirigente enfatiza também que as baladas seguras (blitze que checam se os motoristas beberam álcool antes de conduzir o veículo) existem nas grandes metrópoles, dentro das cidades, mas são inexistentes nas estradas.
    Controle permite detectar os abusos

    Qualificar e educar os motoristas são maneiras de tentar impedir que esses profissionais acabem empregando rebites em suas viagens. O diretor do Serviço Social do Transporte (Sest) e do Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte (Senat), Carlos Becker Berwanger, acredita que o condutor profissional tem hoje uma visão diferente, principalmente os que participam de palestras e cursos de empreendedorismo. O dirigente informa que os cursos de qualificação do Sest e Senat abrangem conversas quanto ao consumo de álcool, de fumo e de outras drogas. Assim como são feitas sugestões quanto à qualidade de vida, postura ao volante e atividade física. “Há inúmeros temas quanto à saúde do motorista”, salienta Berwanger. O cuidado das empresas contratantes também é outra forma de coibir a utilização de anfetaminas.

    O coordenador de Logística da Braskem Unib-RS, João Batista Dias, admite que não há como saber se um motorista fez uso dos rebites. Contudo, há atitudes que podem ser tomadas para diminuir as chances de o profissional adotar essa prática. Ele destaca que a Braskem não permite que os caminhões das transportadoras contratadas movimentem as suas cargas durante a maior parte do período da noite, entre 22h e 6h. Com isso, reduz a possibilidade de ocorrer uma das dificuldades que leva às anfetaminas: o sono. Todos os veículos são rastreados e, ao final do mês, é apresentado um relatório, por caminhão e motorista, apontando se houve transgressões aos horários impostos.

    Dias acrescenta que a companhia também adota uma série de programas de segurança. As transportadoras são certificadas pelo Sistema de Avaliação de Segurança, Saúde, Meio Ambiente e Qualidade (Sassmaq), da Abiquim, voltado à movimentação de produtos perigosos, e pelo programa Transportadora da Vida da Fundação Thiago de Moraes Gonzaga e do Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas e Logística no Estado do Rio Grande do Sul (Setcergs). Esse projeto prevê visitas de diagnóstico para conhecer a realidade da empresa e os principais agentes em cada organização. Também acontecem visitas técnicas, que oportunizam trocas de experiências entre as transportadoras. No fim de cada ano, o programa Transportadora da Vida certifica as companhias que investem na segurança e no desenvolvimento do seu capital humano e social.

    De acordo com Dias, a atenção no transporte de químicos é essencial. Isso por se tratarem de produtos inflamáveis ou tóxicos como, por exemplo, solventes. A Braskem, na sua operação com produtos perigosos no Brasil, efetua diariamente em torno de 250 carregamentos. “Perder a carga não é o problema, o problema é o que a carga pode causar”, diz o dirigente.  
    Psicoativos causam vício e outras doenças

    Além dos riscos de acidentes nas estradas, o consumo de anfetaminas pode induzir o indivíduo ao vício. O alerta é feito pelo psiquiatra e coordenador do ambulatório de dependência química do Hospital São Lucas da Pucrs, Pedro Eugênio Ferreira. O também professor do Departamento de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da Pucrs detalha que o usuário desenvolve tolerância à substância, levando a um consumo de doses cada vez mais elevadas para afastar o sono e manter o estado de alerta na direção. Outros malefícios são os efeitos psíquicos, podendo implicar psicose, mania de perseguição, agressividade e provocar alucinações.

    Ferreira confirma que, frequentemente, o rebite é misturado com álcool. “O álcool aumenta a toxidade, entretanto, também intensifica o tempo de efeito psicoestimulante das anfetaminas”, explica o psiquiatra. A droga pode causar taquicardia, arritmia, pressão alta e acarretar isquemias de artérias cerebrais, gerando AVCs, provocar infarto do miocárdio, desmaios, convulsões e até mesmo a morte.

    O médico ressalta que, normalmente, o uso dos rebites tem como objetivos acabar com o sono, o cansaço e manter o motorista alerta. Aparentemente, é uma coisa cativante, pois o sujeito produz mais e se cansa menos, porém, o usuário não sabe que isso é somente no início e que depois ele desenvolverá os problemas. “Imagina alguém tendo uma convulsão dirigindo um caminhão, um veículo pesado”, alerta o médico. Ele acrescenta uma preocupante indagação a esse cenário: quantos motoristas podem ter sofrido um estado de mal epilético induzido por rebites, e provocado acidentes?

    Como não é praxe realizar exames aprofundados para verificar o cérebro e o coração do condutor falecido, muitas causas de acidentes podem ter sido atribuídas, equivocadamente, a distrações ou imprudências.

    Ferreira esclarece que, usualmente, pessoas que são dependentes de substâncias psicoativas, como os rebites, só procuram ajuda quando estão “no fundo do poço”. Isso ocorre em caso de um acidente, quando o tóxico é detectado em algum exame ou quando o indivíduo é apanhado em uma barreira policial. Outro fator que leva à procura do auxílio são os problemas de saúde, como isquemias cardíacas, convulsões e alucinações.

    O psiquiatra diz que é possível perceber se alguém tomou rebite pela irritabilidade. O usuário também entra em um estado de alerta inicial e, depois, cai em uma sonolência profunda. Nota-se ainda alteração do juízo crítico, ficando imprudente e impulsivo, podendo causar brigas no trânsito. Ferreira reitera que essas drogas são extremamente perigosas para a saúde física e mental. O médico defende que é preciso haver uma fiscalização mais eficaz nas rodovias e que sejam verificados sinais de intoxicação por essas substâncias, além do álcool.


    Créditos para: MARIO ÂNGELO/SIGMAPRESS/ESTADÃO CONTEÚDO/JC

    segunda-feira, 14 de outubro de 2013

    PIAUÍ: GOVERNADOR AUTORIZA COMPRA DE MAIS ÔNIBUS ESCOLARES E BICICLETAS

    O governador Wilson Martins autorizou a compra de mais 100 ônibus escolares e 10 mil bicicletas para reforço do programa de apoio ao transporte escolar no Piauí. O novo lote vai garantir que qualquer aluno que more há mais de quatro quilômetros da escola possa se deslocar para as aulas sem maiores atropelos.
    Na primeira etapa, o Governo do Estado adquiriu 225 ônibus e 70 mil bicicletas, veículos que estão sendo distribuídos gratuitamente em escolas públicas estaduais e municipais. Cada ônibus custou cerca de R$250,5 mil. Já a bicicleta custa R$ 351.
    Os ônibus distribuídos pelo governo são da marca Mercedes Benz, têm direção hidráulica, estação elevatória e capacidade para 55 pessoas, incluindo cadeirante. Todos os equipamentos do veículo são verificados e certificados pelo Instituto de Metrologia do Piauí (Imepi). O governo já entregou cerca de 200 ônibus.
    O programa Pedala Piauí, por sua vez, distribuiu até agora cerca de 10 mil bicicletas, beneficiando também alunos da rede pública de ensino, garantindo uma maior presença dos estudantes na sala de aula.
    Na primeira etapa do programa foram compradas 70 mil bicicletas da marca Houston. Nas escolas que já contam com o serviço, professores e diretores asseguram que houve um significativo aumento na presença dos alunos em sala de aula.

    quarta-feira, 9 de outubro de 2013

    NO DIA MUNDIAL DO HABITAT, ONU DESTACA USO DE MEIOS DE TRANSPORTE SUSTENTÁVEIS

    Em toda primeira segunda-feira de outubro é comemorado o Dia Mundial do Habitat e, nesse ano, as Nações Unidas resolveram incentivar as prefeituras a ampliar o acesso aos transportes sustentáveis, como andar a pé ou de trem, ônibus e bicicleta.
    “O transporte urbano é uma importante fonte de emissão de gases causadores de efeito estufa e de problemas de saúde devido à poluição atmosférica e sonora”, disse o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, em sua mensagem para a data, cujo tema este ano é a mobilidade urbana.
    O rápido crescimento das cidades tem levado a um aumento do uso de veículos motorizados, especialmente em países em desenvolvimento, muitos dos quais estão se esforçando para atender a demanda de investimento em transporte.
    “A mobilidade não é apenas uma questão de construção de estradas mais largas. É uma questão de fornecer sistemas adequados e eficientes que atendem a maioria das pessoas, na melhor das hipóteses, de forma mais equitativa”, disse Ban. “Isso inclui encorajar a transição do uso do carro para trens, ônibus e bicicletas e estimular os pedestres com calçadas bem iluminadas”, acrescentou.
    Além dos efeitos ambientais negativos, Ban observou que milhões de pessoas não podem utilizar o transporte público ou privado devido ao custo, pessoas com deficiência e idosos são regularmente excluídos devido à falta de acessibilidade e mulheres, jovens e minorias estão preocupados com a segurança nesses meios de transportes.
    O diretor executivo da ONU-Habitat, Joan Clos, também divulgou uma mensagem para marcar a data. Nela, Clos enfatizou que os custos dos carros se tornaram “abundantemente aparentes, incluindo expansão urbana, poluição atmosférica e sonora, alterações climáticas, acidentes em estradas e a separação física de pessoas por classe e raça”.
    “Ao otimizar as densidades urbanas e minimizar as zonas, nós começamos a fazer as cidades trabalharem para os seus cidadãos; a proximidade de bens e serviços explora as vantagens urbanas e incentiva investimento e oportunidade”, disse Clos. “Cidades compactas, bem desenhadas também podem ser mais limpas e ter menos impacto sobre o ambiente”, acrescentou.

    sábado, 5 de outubro de 2013

    PESQUISA MOSTRA QUATRO TIPOS DE CICLISTAS

    Resultados do estudo realizado em Montreal, no Canadá, podem guiar gestores públicos no planejamento de cidades que correspondam às demandas de mobilidade da população

    Uma pesquisa feita na Universidade McGill, em Montreal, no Canadá, mostrou que por lá circulam quatro tipos de ciclistas: os usuários de ciclovia; os ciclistas dedicados; os "usuários de bom clima" (em tradução livre para fairweather utilitarians); e os ciclistas a lazer.

    O estudo, coordenado pelos pesquisadores Ahmed El-Geneidy, Michael Grimsrud e Gabriel Damant-Sirois, foi realizado com 2 mil ciclistas que responderam a um questionário bilíngue online. Os resultados, segundo os pesquisadores, podem ajudar a "guiar planejadores urbanos, engenheiros de transporte e gestores públicos a reconstruir cidades que respondam às novas demandas de locomoção".

    Cada tipo

    Os usuários de ciclovia formam o maior dos quatro grupos, com 36% dos ciclistas pesquisados. Segundo o estudo, eles são motivados a pedalar pelo prazer que a bicicleta proporciona, pela conveniência e pelo senso de pertencimento a um grupo que o ato de pedalar lhes oferece. Eles preferem usar as rotas contínuas e segregadas da ciclovia em vez de pedalar na rua em meio aos carros.

    Os ciclistas dedicados representam 24% dos pesquisados. Eles gostam da velocidade, felxibilidade e previsibilidade dos deslocamentos feitos com bicicleta. Gostam de pedalar entre os carros, não se importam com o mau tempo e não ligam para ciclovias. Para essas pessoas, dizem os pesquisadores, usar a bicicleta é parte importante de sua identidade.

    Os usuários de bom clima são os 23% dos ciclistas que só gostam de pedalar quando as condições climáticas são favoráveis. Costumam usar ciclovias, mas não chegam a se considerar ciclistas. Se chove ou neva, imediatamente escolhem outro modal de transporte o deslocamento.

    Por fim, há os ciclistas a lazer, que representam 17% dos pesquisados. Eles pedalam por diversão, e não tanto para se deslocar de um ponto a outro. Gostam de segurança, e por isso preferem pedalar pelas ciclovias, especialmente se estão acompanhados por pessoas da família.

    Para ler a pesquisa completa (em inglês) clique aqui.

    Fonte: Revista Época.