Os agentes de trânsito foram
levados à Delegacia de Flagrantes (Defla) e chegaram a ser encaminhados para
uma das celas.
O caso aconteceu na rua Benjamin
Constant, no centro da capital, por volta das 10h30, quando policiais civis
estacionaram uma viatura, descaracterizada, em um ponto onde não é permitida a
parada de veículos não-oficiais.
Uma testemunha que não quis se
identificar, disse que no instante em que os agentes de trânsito estavam
autuando os veículos, estacionados de maneira irregular no local, acabaram
incluindo uma viatura da Polícia Civil no processo.
A testemunha conta ainda que os
agentes atuavam normalmente no local e uma policial civil, que estava com o
carro estacionado, percebendo que seria multada, acionou uma pessoa dentro da
Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp): "Essa pessoa já veio com
a arma em punho mostrando à todos, abordou o agente do Detran como se fosse um
cidadão qualquer. Levou, com toda humilhação, os agentes para dentro da
viatura. Em nenhum momento o agente do Detran desacatou. Houve exagero, com
certeza, porque eles (policiais civis) acharam que fossem autoridade maior que
os agentes de trânsito que estavam fazendo o trabalho deles. Não tiveram
diálogo entre si, de nenhuma forma", conta.
Segundo o corregedor geral do
Detran, Fábio Eduardo Ferreira, os agentes teriam abordado o condutor do
veículo da Polícia Civil e informado que no local seria proibido estacionar.
"Informado que deveria retirar o veículo, o policial civil não concordou
com a ordem e decidiu conduzir nossos agentes até a delegacia", explicou.
Ele disse ainda que um Termo
Circunstanciado de Ocorrência (TCO), foi registrado e conforme o documento, a
prisão foi motivada por desobediência dos agentes com os policiais civis.
Fábio Ferreira afirma que o
Detran, a partir do momento do registro TCO, vai tomar as providências cabíveis
com relação à conduta dos agentes da Polícia Civil.
De acordo com informações da
assessoria da Polícia Civil, assim que tomou conhecimento do caso, o secretário
Emylson Farias determinou que a corregedoria da instituição acompanhasse a
situação. O corregedor adjunto, Alberto Dalacosta, esteve presente na delegacia
e o parecer sobre o ocorrido deve ser finalizado em um prazo entre dez e 30
dias.